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A importância da Parada LGBT de Sergipe em minha vida profissional e pessoal

Em 2002, estudava Jornalismo na Universidade Federal de Sergipe (UFS), trabalhava com sites em HTML de forma autodidata e estava muito envolvido com design gráfico. Foi nessa época que conheci a militante trans Tathiane Araujo, buscando apoio para a realização da primeira Parada LGBT de Sergipe. Aquela garra e aquele pioneirismo em fazer acontecer pela primeira vez uma manifestação de pessoas LGBT na capital do menor estado do país me contagiaram. Então, resolvi contribuir com um hotsite animado em Flash (uma tecnologia multimídia que era febre naquela época). Foi uma ajuda importante na divulgação do evento que, por conta do preconceito, enfrentou muita descrença e boicotes até o dia em que aconteceu, na orla de Atalaia.


Começar a trabalhar com a idealizadora da Parada LGBT de Sergipe foi um divisor de águas não só na minha vida profissional como pessoal. Tathiane era presidente da Astra, uma ONG criada em prol dos direitos e da cidadania de pessoas LGBT em Sergipe, a qual eu acabei me associando – e onde tive o privilégio de vivenciar a diversidade junto ao movimento social, história para um outro post. De vinte e uma Paradas LGBT de Sergipe, participei na realização de quatorze delas, sempre criando as identidades visuais e produzindo materiais de divulgação, dos cartazes de rua dos primeiros anos até os reels do Instagram dos dias de hoje. Até quando estava longe, vivendo em outra cidade, contribuí com o evento. Foi a partir da Parada e do trabalho com a Astra que acabei me moldando como um profissional do design gráfico, além de jornalista.


O que a Parada representa não só para a comunidade LGBTQIA+, mas também em minha vida, alimenta um sentimento especial que sempre me faz estar junto e colaborar com a árdua missão que é realizar esse evento todos os anos.



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